Eu vejo o zíper do céu abaixado,
por onde anjos enegrecidos pela fumaça
dos combates rolam, urrando
a música que não cabe nas harpas.
Eu vejo a justiça nua e sangrada no ventre
envolta nas serpentes da ironia
e os cataclismos aparecerem, enquanto
cada adão na fila errante descia expulso
às favelas minotáuricas dos esqueletos
pendurados nas árvores, nas mãos a fórmula
de uma raça errada escorre o sangue das desculpas
que divertem os tribunais
No túmulo do deus dos trovões e dos raios
o urubu aguarda a nuvem ocultar o sol,
então, o tropel místico da ignorância
estremecendo as estradas soluçantes
dos coiotes e das velhas vadias, apresenta
o marginal conspiratório dos heróis,
cujos delírios grafitados nos muros dos quartéis
inaugura o estágio final da covardia,
o que você queria? são assim mesmo os cataclismos, baby, e daí?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário