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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

UMA CANÇÃO AMERICANA

América não é só chapéu e espora de caubói,
América é muito mais do que jazz e rock'n'roll,
América é muito além de Hollywood e limousine,
América não é só bater falcão no peito
e torturar inocentes evangelizando o lucro.

América sempre foi aqui, entre desabamentos
de Ano Novo (na verdade o Ano de Sempre),
América sempre foi aqui, no gueto
e no esparramo da miséria pela metrópole,
América sempre foi aqui, um aqui de olhar p'ra dentro.

América sempre foi aqui, um aqui
de oração mal feita e de medo permanente,
América sempre foi aqui, a propina
e a mentira midiata tão americanas
quanto a coca-cola e o guaraná

Eu conheço a América pelos becos,
pelos velhos abandonados dos viadutos,
nas crianças vendendo o corpo enquanto cheiram
o dejeto da droga do burguês,
eu conheço a América no Juiz implacável com o fraco.

Quando for daqui a pouco
o tarde demais soprará as vozes proféticas
dos que sempre morrem em vão, porque na América
morre demais quem vive pelo irmão, quando for mais
que tarde, o sonho desmanchado na aquarela

escorre na sarjeta até o mar

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