A estrada é feita de olho e de sonho
as botas marcadas pelo Adeus.
O Anjo embainha a espada de raio
no olho cego - tambor dos cânticos!
Animal como a vertigem
- o sexo, real como o pedido: o amor,
das chamas flechadas pássaros rolam
arruinando profecias,
dos clarins mel escorre derramando rosas
sibilantes e rasgando lagartos que liberam
príncipes e odaliscas das peles incendiadas.
O céu vigia pelo sol, cujos cavalos
são nossas preces,
e se minhas mãos modulam
as asas agitadas dos anjos
é porque não tenho tua alma
para equilibrar-me os olhos,
e o teu corpo é distante
- feito o sonho uma tenda solitária.
Eu esqueço as evidências
só o mistério entende o teu amor,
confeito-te no sexo chocolate,
e levanto o martelo dos deuses
para que os trovões domados
ecoem o acalanto
dos nossos excessos de amantes
sexta-feira, 30 de julho de 2010
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