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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

URUBU em BRASA


Eu amarro o burro
do lado escuro da lua
aonde os bares fantasmas
fecham nunca

Eu vivo sinistro - urubu em brasa!
meio sorrindo como o sol
é uma pedra encravada
na dúvida

e o arco-íris o canto rupestre
do rouxinol desencarnado,
ávido pelo verão,
nativo como o sonho bárbaro

Eu fui aquele por quem as velas
derreteram em lágrimas
a sombra sorrindo
fúnebres serenatas

Derramadas pela taça
na lua,
pragas em ventania,
o que resta além da orgia?

Pálido o alazão lunar
morre a segunda vez
pela sereia e descobre:
só na mulher o sexo é vampiro

A busca
é uma ilusão
geométrica,
o caos amontoa
pedras
sobre a chama lógica

o oceano é apenas
um carnaval
de bolhas sopradas
levando desenhos

eu já nada quero
embaralho no verso
a cabeça que há
de ser degolada

vendo o amor
seguir
pedalando
num balão