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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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terça-feira, 8 de março de 2011

VIOLÃO de CARNE


E o céu ficou rubro
manchado pelo meu sangue
permanecendo mudo
vislumbro o amor
na dúvida que você teima
em manter viva
como se não houvesse valor
no ouro que eu tiro do suor
p’ra você

Santos guerreiros petrificados de cólera
dissolvidos sob a chuva do sexo
viram sal, ora, até o sagrado
desmorona quando gafanhotos
despem disfarce de colibri
no jardim em que o amor
fecunda rosas nas ancas ondeantes das éguas
pois das fêmeas você é a Fêmea que tem um pomar entre os quadris

Meu amor, a trégua tortura o amante,
olhos abertos principiam o delírio
- nenhum sonho diz o nome do fruto
que a tua nudez desenha na saudade

Hoje a tristeza é minha amiga
a ausência o anjo do teu nome
que me faz voltar p’ra casa
dedilhando o violão de carne da saudade
trazendo nos braços o desejo prolongado
do meu sexo ao deleite aceso
entre tuas pernas

Um dia você bordando armaduras
das chamas épicas do dragão
perguntará aos adivinhos
se houve no mundo
amor maior, e os adivinhos
da verdade sendo as lâminas
do escuro da cor buscarão a clareza
transparente na vidência:
o amor maior é o que você faz meu

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