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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

TEIMA


Eu virei ainda, mais do que sempre, meu Amor,
a sombra jogada no ombro como o casaco
do assombro que já não tenho mais,
e o caco do céu me dando uma estrela
cujo brilho é a dor de uma saudade feita de sinais

Virei, um dia sempre mais que o outro, meu Amor,
quem sabe encontro do teu cavalo o casco,
e de tanto observar coincidências aprenda
que não posso ser maior do que a saudade,
por mais que a estrada seja uma fenda

aberta no eco da tua espera que não vem,
o meu amor é feito de uma teima
que é o fogo do mais puro querer você, meu bem

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RESPOSTA


Eu não tenho fogo
nem cristal
na resposta,
perdi há muito
a riqueza de me fazer acreditar,
minha bota rasgada vazou
o punhal e o sonho,
porque são meus pés
asas que voam no subterrâneo,
aonde a minha coroa é a estrela caída no abismo

Eu sei apenas o caminho
medindo as pegadas,
deixei na casa velha
máscara e cavalo cego
porque carrego culpas
caídas fora da bagagem,
acendo balões
dos sorrisos que não dei,
mesmo que a verdade
seja o meu derradeiro descrédito

Ainda que eu esqueça
o sonho há delírios
que não batem na porta,
como olhar a manhã
se os meus olhos
são desertos lunares?
Cada passo que me leva
até a emboscada final,
é o faro do lobisomem
desenhando a lua cheia

da solidão que me prende que nem teia

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AMOR VINDO do ANJO


Ela veio recolhendo as sombras,
sorrindo manhãs libertou os pássaros
dos sonhos que nunca entenderam:
o café exclama decisões,
eu só posso amar a mulher
que tem o anjo erguido do olhar

Ela veio salpicando deleites no cobertor velho,
e no abismo estrelas acenderam a noite em festa:
uivo tão louco de solidão que o silêncio resultante prova:
o homem moderno que eu fui mudou-se
e o que resta é o passado sem pergaminho
ou foto na parede, apenas o passado das ruas sem asfalto

Por maior que seja o passo, como posso entrar em cidades
eternas ou empunhar armas exóticas em mercados persa,
sem a mulher que conhece a medida da magia?
como posso sentar na mesa de manhã se o amor é uma cadeira vaga?
eu apenas aprendi a amar, nada sei das máquinas
que suportam a lógica do mundo, conheço o milagre porque sei o que é o orvalho

Eu preciso demais do teu amor vindo do anjo, preciso do sabor do teu sonho,
vivo permissões que apenas as artes de Salomão encerram,
preciso do teu amor p'ra subir a serra em que o bruxo troca a sombra pela alma,
e com a chama das eternidades perfilada na saudade
chamar teu nome com a única força que permanece intacta:
o teu amor, o teu amor único e declarado sobre todos os juramentos

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FESTIM


A noite nunca há de vir
porque as estrelas teimam
em não cair

A noite nunca há de vir
porque eu me perco de você
quando você se perde de mim

A noite só há de vir
quando eu me for perdido d'onde ir
e você deixar uma flor ao partir

A noite quando há de vir
se eu estou em você
mas você sonha quando sorri

A noite é uma promessa feita a mim
pelo curupira que sabe do meu fim
como eu sei do teu começo e do teu batom carmim

A noite é um remelexo do chorar
que há em mim, como eu sou teu apetrecho
e você o meu festim

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