domingo, 24 de julho de 2011
MEU CORAÇÃO É uma ESPADA
Olho a cidade da minha varanda
e o caos parece um bicho bonito,
nem reza de padre velho adianta,
na mão afago o pássaro de coração aflito
e desperta a pergunta: eu morri dos sonhos de menino,
o que resta se eu vivo apenas no desatino?
Carros falam a mesma linguagem dos corpos malhados,
não, eu não sou contra o conforto e a beleza,
vivo o Amor nas fantasias mais loucas porque o estado
da insensatez recupera mais do que o brio a certeza:
a revolta é uma conquista na alma do sábio,
o imbecil prefere se corromper mudando o vestuário
É hora de ser extraterreno - como escutar gente drogada
e ladrões de infância? como acreditar na fada
se a magia é desordem e gargalha o embuste?
sombras no muro antecipam o fim, não se assuste,
de cavalo branco seriamos presas fáceis,
pelo submundo encontramos solidariedade e pão com os miseráveis
´
Muito além dos bancos e dos impérios - a dúvida:
qual o enigma no traçado do sorriso chinês?
prefiro a companhia do louco e do ladrão à morte súbita
de uma religião que promete em nome de um deus que nunca aparece, leis
não explicam ao meu filho porque não é possível ser maior do que o sonho,
por isso grafito no muro burguês: atender ao limite é tristonho
Porque o meu coração é uma espada com asas,
e a manhã do meu galope heróico é bater na porta
da mulher que eu amo mais do que a mim mesmo
e dizer: não preciso de rima p'ra ser teu poeta
porque é o meu Amor tão imenso que as estruturas
são pobres perto de tanto sentimento: meu Amor é louco, é além
deixo do lado de fora: capitalismo tardio, partidos, jornais sônicos,
tudo o que interesa é fazer amor bebericando vinho na frente da lareira,
o resto é idiônico!
MEU CORAÇÃO É uma ESPADA de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at erikoalvym.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://sitedepoesias.com/poesias/74856.
SE ME PERGUNTO QUEM SOU
Passam por mim carros, mas a ventania se faz dentro de mim.
Existe gente nas praças iluminadas, mas a lua sobe
apenas aonde estou mais só, como a música que nunca escutei
só faz sentido falando teu nome se me pergunto quem sou
Há passos molhados na calçada, mas a chuva despeja histórias
apenas na minha alma cabisbaixa, aonde quer que os mares
cheguem o horizonte arredonda a saudade, unicamente,
porque te Amo além da sanidade e da explicação
Aonde há sombras, salto muros e quebro janelas,
porque é o teu Amor que me ensina a liberdade,
e se ouso levantar a cabeça e dizer o que é louco e incerto,
é porque a Verdade é uma vinda que o Amor impõe ao mundo
Eu venho apenas quando a noite permite ao mito
tomar o assento da dúvida, e se ainda assim
piso nas flores esquecidas, é que deixo no peito
a chama acesa p'ra que só o Amor por Ti
mantenha vivo o homem que sonhei
O AMOR IMPÕE ao MUNDO de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at erikoalvym.blogspot.com.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://www.poesiasonline.com/amor/o-amor-impoe-ao-mundo.html.
Assinar:
Postagens (Atom)