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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sexta-feira, 29 de julho de 2011

DANE-SE o SONHO


Eu desço escadas que levam ao fundo das águas,
nas minhas veias raivas mal descontadas afloram
pouco importa o fim do mundo ou do jogo
que é um ser sem desculpas e sem regras
e sem crimes atrás do muro?

Foi-se o tempo da bruxa se apresentar na vassoura,
morreram cachorros e dálias, quem há de chorar
por ídolos drogados se a mesa do jantar
é farta de maldades pré-datadas?
sirvam a serpente: é hora de conceber o desconhecido

Eu pouco ou nada ou nunca sei do quem ou do lá
mortos são lembrados apenas quando é perdido
o nome da rua ou o testamento calou, dane-se o sonho
se a chegada é na rua dos fantasmas,
prefiro a viagem clandestino em caminhão, a ouvir letras caídas

Nunca é o casaco de couro de gafanhoto que uso,
meu olhar é feito de doberman e gasolina batizada,
mesmo assim, deixo no criado mudo a última moeda
do meu vai e vem e o brilho da voz num desenho
esvoaçante que o afazer esquece sem dizer a quem
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DANE-SE o SONHO de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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