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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sábado, 19 de maio de 2012

ALFAZEMA



Um beija-flor estalando mel
no bico aonde a Natureza é Mulher
descobre: o amor é cru
e o desejo a religião do selvagem

A única visão da poesia é a dança
porque o seu corpo é quando
o anjo conhece no acorde fundamental
a doação, e a doçura é o sinal da magia

A cavalgada é a festa dos gestos loucos
porque no seu espreguiçar de amada
a manhã é a alfazema embriagante
do seu sexo aberto em puro perdão

Eu beijei a lua e a concha surge do desejo
o vento é a vontade de ser cor sonhada fogo

Ao nascer o Tempo eu já era imenso na saudade de você,
feito a cólera que doma o dragão pelo olhar e não há triz
o amor que eu entrego é a fera manifestada na ternura
quando só você importa no mundo de estátuas cobertas pelo arco-íris 

Eu sempre vivi infâncias sem limite
animal do amor procuro a carne
na herança sideral que fala pela dança:
a beleza é a santidade da cólera

libertada anjo aonde o perdão é a vinda do Amor
no pomar do querer mais seu