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sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
PARANOIA BLUES
eu comerei todos os pombos que arrulham sideralidades metálicas no
telhado, verei com olhos de gárgula o que a catedral não ousa revelar,
lobos me correm nas veias em pleno milagre do sangue virado vendaval,
nenhum táxi aceita me levar: minha bagagem é de mil caveiras faladoras,
nem um pouco contentes com a beatice das ordinárias e seus algozes,
porém eu tento, porque mantenho um lado
apóstolo que só nega o mestre na hora de cortar o pescoço do suspeito,
mesmo assim, me desimporta a vaidade de vitórias que se declaradas
apenas revelam o quanto de usado carrega o abnegado, por isso prefiro a
gargalhada e o absintho, eu não minto, sabe, gosto de plantar no quintal
o sonho que revela o quanto de imbecil coroa meu delírio, porque nesta
metrópole o trono é de quem sabe o preço do vizinho e paga mais
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quarta-feira, 27 de junho de 2012
NENHUM HERÓI USA CAPA
EU PODERIA AMAR A MULHER
não caibo nos mapas bem cantados pela eletrônica
avançar é puro desgoverno
neste tempo das ilhas servirem ao turista
eu poderia amar a mulher poderia
mas o que é podre e pobre impede
que haja amor entre dois
eu conheço a cidade em todas cidades
sei aonde encontro o proibido e o facínora
o que importa o ouro e a aurora
vivo aonde o metal nada voga
deixei a índole de poeta no quarto despejado
porque sonharia a linguagem sublime
se o que impera é o violão medíocre?
vindo a manhã após o lento desregrar do verdadeiro ser
pelo sonho esquecido, visto o rosto do vigarista
e ganho a estrada enquanto o sol nasce
para emocionar idiotas na infantilidade que chamam aurora
eu poderia amar a mulher poderia
mas o que é podre e pobre impede
que haja amor entre dois
eu conheço a cidade em todas cidades
sei aonde encontro o proibido e o facínora
o que importa o ouro e a aurora
vivo aonde o metal nada voga
deixei a índole de poeta no quarto despejado
porque sonharia a linguagem sublime
se o que impera é o violão medíocre?
vindo a manhã após o lento desregrar do verdadeiro ser
pelo sonho esquecido, visto o rosto do vigarista
e ganho a estrada enquanto o sol nasce
para emocionar idiotas na infantilidade que chamam aurora
domingo, 3 de junho de 2012
CATEDRAL
o perigo das ruas não cala o meu Amor
os demônios que mendiganham procuras
vociferam o anel guerreiro que eu porto no dedo
mas só na alma levo jóias
eu tenho no Amor a arma fumegante
no olhar selvagem caço a presa sideral
porque na tenda Você dança a única saudade
que me sucumbe: o corpo de promessa
catedral dos anjos carnais
eu vivo cambalos da embriaguez que é o seu Amor
nada me submete porque no sexo o cão feroz se faz
eu vendo os sonhos da noite no mercado negro
assim pago o almoço da decadência que restou:
a verdade que o mundo só aceita em títulos contábeis
vocefera verbos de fogo dentro do labirinto
o meu grito de Amor cria outros seres
os poderosos nabos do rei
procuram vítimas mais dóceis
só as garrafas perdidas no Dilúvio informam corretamente
o endereço do Amor que me nutre de Você
BURACOS NEGROS
Sangue sangue sangue sangue
sangue sangue sangue sangue
sol
uma bandeira indecifrável
guia o desfile
ignora-se a regra tônica
e o chamado doentio
permanece suspenso
- pedra e espinha da voz
Cavalos loucos guardam
túmulos de mulheres virgens
seladas nos sexos pela cera dos testamentos
porque o Tempo é um Anjo
sorrindo buracos negros
Apenas no submundo da lua
há castelos repletos de orgias e vampiros
descreio no adeus porque o sol nunca faltou
e se me foi o coração dado de morada à alma
é porque chora em mim um Amor
tão definido que até o nome
do sonho decreta entrega
A mesmice do jornalismo não capta quem chegou,
é de propósito, porque na bagunça
a louca harmonia produz as melhores vítimas
Me conduzi além das muralhas desta cidade
aonde a jurumela atlante do perdão e do arrependimento
provoca gargalhadas nos céus
Eu caminho no labirinto dos jardins loucos
aonde as formigas maiores do que os cães
cultuam o serrote,
redemoinhos de ventos materializam anjos bélicos
só porque a aurora é a bandeja de toda permissividade
do meu sexo devoto de você
sangue sangue sangue sangue
sol
uma bandeira indecifrável
guia o desfile
ignora-se a regra tônica
e o chamado doentio
permanece suspenso
- pedra e espinha da voz
Cavalos loucos guardam
túmulos de mulheres virgens
seladas nos sexos pela cera dos testamentos
porque o Tempo é um Anjo
sorrindo buracos negros
Apenas no submundo da lua
há castelos repletos de orgias e vampiros
descreio no adeus porque o sol nunca faltou
e se me foi o coração dado de morada à alma
é porque chora em mim um Amor
tão definido que até o nome
do sonho decreta entrega
A mesmice do jornalismo não capta quem chegou,
é de propósito, porque na bagunça
a louca harmonia produz as melhores vítimas
Me conduzi além das muralhas desta cidade
aonde a jurumela atlante do perdão e do arrependimento
provoca gargalhadas nos céus
Eu caminho no labirinto dos jardins loucos
aonde as formigas maiores do que os cães
cultuam o serrote,
redemoinhos de ventos materializam anjos bélicos
só porque a aurora é a bandeja de toda permissividade
do meu sexo devoto de você
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