acompanhar

BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

Total de visualizações de página

Postagens populares

Postagens populares

Translate

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

AMAPOLA

amapola perfuma o sonho intumescida sumo que dá sabor ao sangue,
amapola verão sarado do sexo da mulher descaradamente amada,
eu te espero na praça devorando sorvete do teu gozo irado

braboletra babo seta de fogo no teu colo ao te cantar
quando a festa esparrama maus modos primordiais
na gula d'amapola doura alma estrelando fêmeas alucinações

amapola berra solaridades dadivosas,
primitivos braseios pulsam baluartes fer'amorosos
aonde a ciranda é uma cilada de nudez ritual
aonde te amo sem precaver o desejo porque animal


<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">AMAPOLA</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/amapola.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ROUXINÓIS de PAPOULA


Ultravioleta manhã
pálido incêndio
ferocidade certeza vã
domina o animal do cio

Múltipla violeta beta
se o fogo é o mito anônimo
o que dizer da treta
morto ideal o canto é afônico

piscinights estreladas trepadas
rouxinóis de papoula cheia arrebolem
fábulas malcriadas
desfalecendo coitos carnívoros de réquiem

Surras ávidas de ladras
estúpidas carnagens
divagam miragens
safadamente medradas

salamandra nunca fada

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">ROUXINÓIS de PAPOULA</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/rouxinois-de-papoula.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

sábado, 15 de dezembro de 2012

RELÓGIO SERTANEJO


imprestável a vítima desce abismos
azucrinos luminosos despencam demências
íngremes e abjetas como o amor que eu declaro aos seus pés
e você leva até a vertigem
como o passeio final de um desdém confessado

o baralho diz que o caos é mero bilhar de servilismos
aonde a canalhice alfandegária dos médiuns de arribação
prega retratos dos medos
nas praças devastadas da razão
aonde a praga agourenta das bruxas matinais
é motivo de chacota na cascagrossa kármica
aonde as árvores de Sodoma abrigam urubus verbais,
porque a louca putana das submissões
disturba morais desvalorizadas,
porque o objeto sagrado é o cubo da burrice,
só assim se descobre: a imparcialidade é um relógio sertanejo
cujo cuco feroz ruboriza elementais recalcados,
porque eu digo o amor trucidando anacondas,
eu digo o amor de pau duro levando estrelas na cabeça,
eu digo o amor enquanto o guardião dos velórios esfaqueia almas em brasa,
eu digo o amor e você degola os meus sonhos
com o raio da ferruginosa ira de um alucinado
que já teve o turno de deus,
e o céu avermelha no meu ombro
porque dizem no amor que gente como nós
arranca do deleite o número que dá nome à Terra

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/StillImage" property="dct:title" rel="dct:type">RELÓGIO SERTANEJO</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/relogio-sertanejo.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.
https://plus.google.com/100503802688690213996

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

DAMA MEDIEVAL

nenhum ópio é tão macio
quanto as coxas que você abre
saboreando o desconhecido,

abandono estado e posição no seu encontro
porque esperar da doçura o domínio do jardim
quando selvagem é o jeito de ser de pé,

alvísseras e almôndegas servem
meras glórias corriqueiras,
e só quem busca a mulher adiante da ilusão
conhece o território de Eros procriar seres azuis

porque em cada silêncio e reticência entendo o seu plano
e sei o quanto é difícil manter a sanidade
numa terra de ordenações macabras,

em todo caso estou desacostumado ao cansaço
e apenas a intensidade é extenuante
na medida do esquecimento e da ruína,

tenho o corpo costurado
porque os sonhos
se tornaram espinhosos e contusos,

e ainda que a esperança sobre intacta,
como encontrar solução
se a sua voz carrega impasses
e a minha sombra deixa no varal o sorriso
que retarda o destino
avassaladoramente acidental
na estúpida exclamação da vogal proibida
quando a cobrança é uma dama medieval
na intenção de entregar o sexo à perícia do carrasco
pois em você só é linda a ausência,

a bondade é vil

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">DAMA MEDIEVAL</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/dama-medieval.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Erico Alvim</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SONO DA TOLICE


Procriação pendurada na parede como um poster,
estou entendendo a dissimulada existência

Foi-nos dado o passe para onde a Crueldade é a Ordem,
é possível usar dos ensinamentos da pirataria
e exibir a cabeça do covarde.

O que é doce e conduz ao prazer é a expectativa delitiva,
porque a bondade é uma criança num cesto cercado de cobras,
é primordial ser bruto e sanguinário,
a terra equilibra a indolência escrota
na teia dos ares gosmentos das chuvas áridas.

O carteiro pendura no portão do cemitério
os olhos do condenado escorrendo mistérios góticos.

De tudo o que é permanente incauto,
amores vagam sem qualquer esperança,
há um pálido sorriso deixado na mesa da floresta
quando magos armam na ampulheta a prisão maligna,
assim a perda definitiva caminhada,
porque não é de bom agouro a apaixonada doação
quando o que resta é a sombra fúnebre do desdém
e nenhuma mulher desfaz inútil o sono da tolice
que embriaga o espanto

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">SONO DA TOLICE</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/sono-da-tolice.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

CAÇADOR REBELDE


colhem favos de sangue nas bancas criminais,
aonde a docilidade da mulher introduz
a armadilhas sem volta,
nunca houve um krakem no rebanho divino
apenas estranhos centauros de longos cornos e cem patas,
por isso o amor é uma arte mística desprovida de deus,
banidos os herois,
o velho carro da carnificina patrocinada reluz na origem da manhã,
quando o sol é o dente de uma sagacidade,
e a cidade é deserta,
malgrado a fortuna prometa companhia e bebedeira,
não quero nada disso, quero você
porque a deificação do sentimento desvenda melancolias
e maldições que não existiriam, viesse você,
tudo soaria perfeito 
porque aonde você está é perfeitamente feroz e destrutivo,
porque só assim o amor é como deve ser: furioso e sem retoques,
primitivo como um caçador rebelde,
milhares de anos depois do primeiro sonho na caverna,
o amor é o mais nobre dos tigres siberianos
reverenciado por mamutes quando as pedras ainda estão em brasa,
p'ra que um dia eu faça joias da saudade que sinto 
avassaladora por você,
e o seu olhar seja a única gema entre a primavera e o verão

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">CAÇADOR REBELDE</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/cacador-rebelde.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

domingo, 9 de dezembro de 2012

DISPARADA METÁLICA


Poesia é uma micagem do espírito,
quando as porteiras dos preconceitos
estão destrancadas

Dançar é mais sublime,
quando a alma sai do corpo
e vê que o sonho dominou,

o resto é a sibilante ironia do vento,
uivando a disparada metálica
de uma redução voraz dos significados

quando a razão é o animal no estágio da pedra
e a melancolia a igreja de viver o passado


<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">DISPARADA METÁLICA</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/disparada-metalica.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

sábado, 8 de dezembro de 2012

barão da esquina

cada vez 
que eu saí do xadrez
era você que me buscava
no três

junto com as senhoras
católicas das cólicas
você esmolava
depravadas demoras

sabia da primavera
pela mangangava

pobre reino
o rei se foi
derrapado pneu
aonde o mendigo ora
pela sopa
qual deus
é o sabor
qual dos seus
faz o favor

quem inconvenience
na madrugada

qual o motivo
de jogar a carteira

como é que é
morar num abismo
chegando pela beira

dona dos palácios fumegantes
da razão e das cifras
como é dar de comer aos gigantes
quando a única roupa é das listas

acaso
o respeito é um rolls royce
com uma caveira de motorista
espalhando nevoeiro
pelo charuto lunar

qual o sentimento
de ver a energia do mundo
apagando
e a noite dominar
o estado vagabundo sem lamento
uma festa vândala furibunda e desconexa
aonde manda quem tem nos dentes
a fome da presa
aonde anda na manha
o dono da sanha
vigariando sem dó
uma droga pelo amor
quando o fuça-rola
é o que sobrou
quando a rua
é o reduto da sina
quando quem manda
é o barão da esquina

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">barão da esquina</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/barao-da-esquina.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Erico Alvim</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

FANTASIA DE PALHAÇO


era p'ra ser soneto
mas acabou romance cônico,

araponga nunca foi meio termo
entre a ária e o excesso do fanho

o anão é o nó violento
na reta de um horizonte tacanho

alfarrábio de um sexo pecuário
remelexe biga de netuno
quando as conchas fantasiosas
não passaram das cornetas retorcidas
sobre a lua

porque o amor aproveita
mais do caos
do que é permitido ao vizir
ouvir da sagrada pelota

amor é um monstro
tão terrível
que não se arrepende só
quem é depravado

matusquela fela
loucos sangues
o resto
é fantasia de palhaço

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">FANTASIA DE PALHAÇO</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/era-pra-ser-soneto-mas-acabou-romance.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

NIEMEYER

Oscar é aquele cara que agente quer morra nunca.

Oscar é uma curva aonde existir era um medo.

Conheci Oscar. Daddy era amigo dele, afora estão os dois mulherengando em alguma praia sobrenalturalmente curvosa e colorida, quem sabe, em Saturno, vespertiniando com Portinari, alguma piada que o Deus esqueceu de cobrir com os Mandamentos.

Porque Oscar trouxe a chama aonde havia apenas dese

rto, e inseriu a fonte na tirania das pedras, resultado: aprendemos a insaciável arte do sorriso, ansiosos que sempre fomos pelo deleite sagaz.

É difícil imaginar o que é o moderno sem ele, é impossível cantar sem a modulância da derrapagem do sonho.

Apenas andaremos, cômicos cavaleiros, sequer andantes, pois como andar sem utopia, como pairar nos ares absorvendo o azul pelo sonho mais voraz.

Oscar sempre foi o cara, aquele que veio e mudou a tristeza, como mera peça caída num xadrez cujo vencido vira ferro retorcido, e da sucata, eldorados desnudam da ferrugem palácios de uma raça que faz amor pelas canções de entrega.

Festeja, cara, hoje, sabemos, de tão ateus os anjos conhecem Deus.

Beijos, velho

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">NIEMEYER</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/niemeyer.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.

https://plus.google.com/100503802688690213996

NENHUM SAGRADO SOBREVIVE

eu não desisti. aonde o feroz, ecoam delírios.atrocidades da alma e do vazio., matéria laminosa descomunando efêmeros. a louca suplanta argilas, é possível ouvir dos sapos - abismos. despencam tragédias e não há abrigo contra a tempestade, apenas chove, chove, e a moça do tempo prevê um iluminismo infecto, quando o pensamento vale menos que a artimanha dos fracos, aonde foices e fogueiras substituem elementares. lutadores de rua disputam a supremacia final pelo sexo, o subjugado gosta e busca o aniquilamento, aonde tudo esmaece, porque nenhum sagrado sobrevive ao acerto vertiginoso do dejeto

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">NENHUM SAGRADO SOBREVIVE</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/12/nenhum-sagrado-permanece.html" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/</a>.


https://plus.google.com/100503802688690213996