Houve um tempo em que morrer era fácil
mas nem por isso eu vi a Terra menos azul
Eu deixei em cada pegada além do pântano
farmacopéias batucráticas, a sombra é o descanso da alma
Quanto mais desvairo a chama
mais a cólera me resume
Quanto maior o drama
mais profunda a síntese chama
Eu conheci a rua e a face erótica da mentira
porque estou na roubada animal de farejar ao relógio, aloprado o horizonte
Eu danço com a cigana aonde badala o sino dos deuses
nas pedras que guardam as perguntas feitas ao tempo
quando a razão é incapaz de elucidar o destino
Eu pego a sua mão na tarde que espalha o céu para que exista olhar
abraçado a você a realidade muda: o caos vira uma bola pintada de verão
No entanto você veio e a conversa com elfos
é mais do que grafitar o muro das lamentações com versos lunáticos
Como fazer é o tom da canção entregue na tua janela
pela minha alma disfarçada de vitral
Aonde chegar, é a náutica de um sonho
que nenhum cosmos decifrou
BOLA PINTADA de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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