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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

BOLA PINTADA



Houve um tempo em que morrer era fácil
mas nem por isso eu vi a Terra menos azul

Eu deixei em cada pegada além do pântano
farmacopéias batucráticas, a sombra é o descanso da alma

Quanto mais desvairo a chama
mais a cólera me resume

Quanto maior o drama
mais profunda a síntese chama

Eu conheci a rua e a face erótica da mentira
porque estou na roubada animal de farejar ao relógio, aloprado o horizonte

Eu danço com a cigana aonde badala o sino dos deuses
nas pedras que guardam as perguntas feitas ao tempo

quando a razão é incapaz de elucidar o destino

Eu pego a sua mão na tarde que espalha o céu para que exista olhar
abraçado a você a realidade muda: o caos vira uma bola pintada de verão

No entanto você veio e a conversa com elfos
é mais do que grafitar o muro das lamentações com versos lunáticos

Como fazer é o tom da canção entregue na tua janela
pela minha alma disfarçada de vitral

Aonde chegar, é a náutica de um sonho
que nenhum cosmos decifrou

Licença Creative Commons
BOLA PINTADA de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at erikoalvym.blogspot.com.

CAVEIRA do SONHO


Sou um rebelde amortalhado no terno
se o carro é minha alma de ferro,
só a caveira do sonho me dá amor

o anjo do inferno
gargalhando
no ronco do automóvel
faz do sexo meu calvário
faz da morte meu hotel

mexa baby, mexa, mexa baby,
mexe azancas, rebola cios varados
aquaralhos motocigrelos

quando o sol aparecer de novo
você não mais me verá,
o amor perdido na estrada
era deus hoje um velho só,
façamos da noite
a celebação da cama,
façamos do sonho
a verdade que chama

tenha misericórdia, Senhor,
tire os demônios do caminho
p'ra que o amor seja melhor