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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

VIVAS ao SOL


Tudo o que eu tenho
é uma guitarra
e não sei tocar

Tudo parado
tudo irreal
num clima-de-sonho
como se meio-dia
numa cidade-fantasma

Estou sozinho
estou sujo
e desgrenhado
perdido na civilização

solto a voz no meio dos prédios
num rock alucinado de solidão
e dou vivas ao sol
meu pai meu pastor

Sigo as cordas da guitarra
até o pôr-do-sol
onde minha cabeça
rola aos pés dos viciados terminais, baby

Eu sento na calçada
e dou vivas ao sol,
vivas ao sol, vivas ao sol,
faço amor esgotando a noite
pelas estradas do país,
e dou vivas ao sol,
vivas ao sol, vivas ao sol

abro as asas de anjo da estrada
acelerado pela moto que leva
ao céu do teu encontro,
e dou vivas ao sol, vivas ao sol,
vivas ao sol

a autoridade acabou
os portos soterrados
pelas estrelas caídas
servem de palco ao menestrel louco

e o sol nasce dos acordes dissonantes
sem nenhuma outra função
além de revelar o amor público
dos imorais vindos do que éramos antes

eu dou vivas ao sol, vivas ao sol,
vivas ao sol, o que passou permanece,
o sol vive p'ra registrar os sentimentos,
vivas ao sol, vivas ao sol, vivas ao sol