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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CANÇÃO DO FUNERAL

estranho mundo parabólico. estranha noite náutica. nenhuma passagem é apropriada quando a divagação traz o problema concreto. quando o repertório de sorrisos esgota o voo luminoso do luar retirando da prata o sentido das estátuas, tão presente na inércia sublimada da arte: canil efêmero.

aonde a esperança resulta em promessa as manhãs revelam a identidade final do desgarrado "eu busco" - um novo terno mantém na brasa a alma, eu busco: soluções a despeito do mundo normatizado e dos anseios, quem sabe do esquema do mercado persa espera apenas verdade, embora virtude negociada seja uma bruxa cega.

o longo martírio dos direitos esvazia a alma inflada da esperança, escravo é aquele limitado a Oeste pela impotência da lei, pelos conflitos interiores - a Leste. a voz fosforescendo memória submete o caos afetivo ao degenerado desleixo do fim, quando toda espera se mostra um mero espantalho celebrando o desespero do amor não havido, o cadáver de um sentimento apenas aguardado.

ao Deus-dará das notícias podres, o pobre homem permanece na marquise aonde o culto ao bestial arquiteta mentalidades.

velho morcego das revoltas urbanas deixo a noite como a canção do funeral, porque a garra de um abutre é a minha faca e o horizonte infernal é a cidade que devo entender para então concluir o equilíbrio da vidência.

mas não lamente. mosqueteiro ou gueixo o passado é um dejeto. o que eu quis com você entreguei ao Nada, é chegado o extinto compromisso, quando nunca mais olharei pela janela porque do desencanto é sair mais forte. 

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/88x31.png" /></a><br /><span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" property="dct:title">CANÇÃO DO FUNERAL</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">ERICO ALVIM</a> é licenciado sob uma <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt_BR">Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada</a>.<br />Baseado no trabalho em <a xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/11/cancao-do-funeral.html" rel="dct:source">http://ericoalvim.blogspot.com.br/2012/11/cancao-do-funeral.html</a>.

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