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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

FELICIDADE REBELDE

Você sorri enluarando pomares,quando borboletas e pássarosrevelam-se anjos cantando pelas coreso que só o amor no sonho ousa alar

verdades furiosas dependem do saboreio do fruto,quando o sumo que embriaga é o caminho da sua carne,única como uma divindade em noite de festa corsária,pois o efeito da voz no horizonte é a neblina rubrada convocação apaixonada,porque você se banha aonde a nudez impera no êxtasee o desejo é refém da astúcia, neste tempo em que o arqueiro comprova: antes de tudo, a chave é o olhar,como é da minha mão colher na lágrima vertidaa felicidade rebelde na ambição de contemplar você completa,pois a arte superior da alma é ser você,tão linda e definida que ao sentir o quanto é mulher,por você o céu cantou 

ERICO ALVIM


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terça-feira, 19 de novembro de 2013

SACANAGEM


sorrio caipirinhas tristes
embaixo do luar que chora estrelas
o carro fala por mim porque o coração insiste
em saudadear rasteiras

aonde vou arrisco o voo
arrastando pistolas amolecidas de tanto errar
como a bagagem arriada d'um viajante que dessonhou
e mesmo assim manteve o passo em cima do ar 

apenas enxergo longe
porque mergulho os pés no rio
minha manga a carta esconde
da cigana cujo nome fio

porque o cio sem você é personagem anônimo
o que busco: fertilidade e ânimo
o meu corpo pede prazer
é a sua oferta de seiva na fenda
que agasalha minh'alma
espero que entenda a fauna
das intensidades permanentes
é nas suas entranhas
a cumplicidade da terra com as sementes
quando a distância a manhao que brilha no desconhecidoa sanha safada de uma sacanagemquando da chuva a estiagem desveraneia o abrigoaonde sirvo a ceia na molecagem contigo


ERICO ALVIM


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VÊNUS

Vênus no trono de conchas
recebendo as joias que o sol
na maré da tua fêmea divindosa,

tudo em ti é fúria de viver,

a beleza intensa é ruptura com o normal,
afinal, diferença é o canto de uma Gênese
que só faz proliferar.

Ao te ver tão menina na força de amazona,
descobri porque o oceano rola imensidões
até na praia se fazer felino do afago teu,

feito o violão que abraço na ausência
ensinou a te ver,
verte o leite da saudade tua,
no silêncio os acordes são as sombras
dos átomos redemoindo uma escada de estrelas
do tanto que te amei perdido de mim mesmo
do muito que ainda no sempre vou te amar,
levo no rosto o tempo que a esperança milagreia
ao te saber o quanto é profunda a saga de mulher

ERICO ALVIM



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VIOLÃO SORRIDENTE

Nos meu olhos eu coloquei asas
e joguei no céu p'ra te espiar
fui tão longe mas tão longe
que só no mundo dos tristes
entendi o que é o Amar

Mas, meu violão sorridente 'inda resiste
ajustei voz nas asas das borboletas
que aos teus ouvidos espalham cores
que dizem sem fim o quanto te amo, e busco
nas ruas as sombras do meu chamar-te mais louco

Eu subirei os degraus das estrelas
depositando as rosas do meu amor por ti
no arco-íris que te levantei na lua,
p'ra que as noites te soprem inteira
o querer mais dos meus pedidos

e se cubro a nudez selvagem
com os vaga-lumes e e o olhar do suricato
desenhando a lenda pela luz na lagoa
é que despedi o passado dizendo adeus ao trem
e faço do amor a só maneira do te entender

p'ra ser meu bem