cansei de morrer de véspera
espero o final dos tempos
esquestando a alma numa fogueira
embaixo do arco-íris
todos os venenos
circulam nos meus olhos
a última lágrima é uma adaga
afiada no sorriso da deusa
arranco lascas do caos
e faço a lua
que os idiotas cultuam nos sonhos
o analfabetismo dos bruxos
pouco importa aos anjos
e demônios que bebem em serviço
eu vago aonde a maré
grita pelas conchas
a escala do apocalipse
e não tenho medo do castigo
minha alma morreu
e os olhos brilham a cruz
do desterro de todo sonho
MORRER de VÉSPERA de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at erikoalvym.blogspot.com.