segunda-feira, 27 de junho de 2011
MESMO que AMANHÃ não HOUVER MAIS
Quando amanhã não houver mais
eu virei sempre ainda uma vez
na quietude d'umas botas pontapisantes
de surpresas
beijando teus lábios de tenrices frutosas
e os teus olhos alados
e te deixarei rosas desenhadas
da minha boca sedenta
e chocolates delirantes
aos pés cujo toque na areia
inventa as ondas do mar
Eu virei mesmo que amanhã não houver mais
e sempre ainda uma vez
trazendo um amor tão maior
que mesmo que você durma
distâncias despovoadas
e mesmo que eu já não esteja mais aqui
de cada lágrima da saudade que te deixo no portão
um pássaro de cor nunca vista há de cantar
o amor
este amor tão imenso que te entrego sem temor
porque o amor declarado permanece na alma
p'ra te viver em sonho muito depois que eu me for
MESMO que AMANHÃ não HOUVER MAIS de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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