quinta-feira, 23 de junho de 2011
SERT@O LIVRE
Sert@o Livre não é apenas a visão das rodovias e estradas
viajando rumo ao infinito ao som do rock tirado na viola caipira
ou do sert@nejo solado no berimbau,
ser tão livre á a história da poesia narrada pelos anjos metrificadores da
voz em chamas
abrindo o corpo da mulher a machadadas de paixão e sexo desenfreado.
Este é o território do amor, e nossas armas feitas de tesão
e nossos ferimentos molas propulsoras da cópula!
Não existe barreira, nosso rumo é o infinito, seja a cavalo,
de carro, motocicleta, de trem ou barco, nossa visão é a do Sert@o,
e o sert@o não tem fim, o amor é o mandato do céu
e o sexo a planta da terra.
Onde estão as Crianças da Noite?
a Noite não é incompatível com a Luz
pois no Universo não existe esta Ordem.
Os Reis finitos
enterram os dentes, as jóias
e as coroas na lama,
é hora de atravessarmos incólumes
os guetos da Bíblia
Sert@o livre
matemática desvairada dos crepúsculos manchados pelo sangue das
estrelas
que nós bebemos mãos em concha e olhos voltados para a voz dos anjos
afinada como a umidade da terra.
Grandes avenidas no horário do rush explicam a vida com perfeição
maior
do que a ciência, esta ciência que é apenas uma licença poética
para o nada a dizer. Sim, meus amigos, é triste ver a democracia
reduzida
a votação dos jogos de azar por telefone, mas, que sirva de lição,
a democracia e as massas são incompatíveis, as massas desprezam a
liberdade,
trocam a revolução pelo entretenimento, não querem a fortuna para a
cultura,
apenas o dinheiro para o bingo.
Mas, as rodovias são o sexo da alma, o bem estar do espírito,
a estrada o encanto da carne, é público o ético, e privado
o que controlamos no prazer e na fortuna.
Próspero como um Ourives em Veneza, o Poeta observa as cores do
futuro
descerem pelos fios da Noite, e depositadas nos cofres da Percepção,
esperarem pelo momento oportuno de abertas como as Pétalas do Sol,
iluminarem de Encantamento não apenas o tempo mas o sonho
e seu Direito Irrevogável de Possuir o Real como estátua
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