Um anjo armado de tralhas e embustes me espiona
deitado no teto do quarto
flutuando sonhos perversos
é aonde o animal em mim enfrenta a Noite
e do sangue da barbárie colhe uma flor feita de música
eu visto no rosto o reinado cheio de horrores da monotonia
só p'ra passar na vistoria espiritual
Meus olhos são negros: tenho que entender o ouro da bússola
meus olhos negros dizem - não preciso ser vesgo
p'ra trombar com o seu amor
porque no atrapalho apenas na timidez
sexualizo teu sorriso
Mesmo assim finco adagas nos babacas
uma nova ordem exige visão elevada
e pássaros de rapina na dedução
a estrela da lei não é para brilhar no peito aberto
troque os segredos mal assombrados da escritura
a estrada é curva porque a lógica nunca é aparência
mas a égua que eu chamo empina as ancas porque sei teu nome
o pescador tira do mar o eco da pedra da lua
minha capa é o olhar piscado da noite, meu bem,
nela, guardo teus gemidos de amor que me orientam a aurora
MEUS OLHOS NEGROS DIZEM de ERIKO ALVYM é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at erikoalvym.blogspot.com.
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