Eu não tenho fogo
nem cristal
na resposta,
perdi há muito
a riqueza de me fazer acreditar,
minha bota rasgada vazou
o punhal e o sonho,
porque são meus pés
asas que voam no subterrâneo,
aonde a minha coroa é a estrela caída no abismo
Eu sei apenas o caminho
medindo as pegadas,
deixei na casa velha
máscara e cavalo cego
porque carrego culpas
caídas fora da bagagem,
acendo balões
dos sorrisos que não dei,
mesmo que a verdade
seja o meu derradeiro descrédito
Ainda que eu esqueça
o sonho há delírios
que não batem na porta,
como olhar a manhã
se os meus olhos
são desertos lunares?
Cada passo que me leva
até a emboscada final,
é o faro do lobisomem
desenhando a lua cheia
da solidão que me prende que nem teia
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