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BENVINDANÇAS

bem vindo ao tempo em que centopeia era carro de guerreiros/
bem vindo ao castelo do último vampiro associado ao último dos dragões/
bem vindo ao amor do amor amado na chama louca dos compassos sussurrados pelo deus dos relâmpagos clamados/

bem vindo à torre em que o pirata espreita o sono povoado da princesa, sabendo: conto de fadas é armadilha e só o otário espera compreensão/
bem vindo, sobretudo, à terra de uma política tão incorreta, que dizer o que pensa é obrigatório na luta pela vida que mantém a cabeça no pescoço

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

COMBUSTÍVEL para a VIAGEM


Correm os dias tocados pelos dedos do Artista
e tudo, as coisas e os sentimentos, recebe o número
na voz do pássaro. O que foi e não tem volta
permanece guardado pelo sapo que ostenta
anéis mágicos nos dedos.
As pedras sabem o que é sentir.
Os pássaros irresponsáveis!
mostram ao mundo como é sentir.
Raios cravados na praia carnefestiva
são o portal do motel eterno.
Meço as estrelas pelo óleo no motor.
Com a rosa pulsante do sexo feminino
na mão e na estrada, colho entre o pássaro
e o mito, o combustível para a viagem

A PELE do SONHO


Uma sombra levanta mulher
do sonho do querubim
e o beija-flor beija aonde for
na menina
ferina
e a estrela entende
a mulher é o céu por aqui

O ladrão alquiminha a rua
- arquimista,
e a raça muda
quando o sexo é múltiplo
maltra'pilhando
o selo
q'ecoa a voz de baixo da água

A lagoa evapora anjo
aonde a mulher
é a lua oceânica,
pobres diabos e os ricos
sobram falidos
nenhuma alma
vale mais do que as cinzas

e o louco cheira
na linha do trem
as gotas da chuva
aveludadas
como a pele do sonho
da trepada
com a namorada

AS LINHAS da MÃO VIRAM ESTRELA


O deserto de cristal
esparrama areias musicais
sobre o nosso gozo
de caçador e centaura
e entendemos
o ciúme é um anjo rebelde
- esqueleto do sonho

O amor é uma profecia
que deixa o sexo
aos números - brasas e agonia!
a bandeira tremula
inflada de gritos
e revelações
e nas areias cada gota de suor
é pérola colhida pelo demônio caolho

Cadê o sagrado?
levadas as vestes de cosmos
permanecemos com a flor intrépida
queimando e neste quadrado
solar cuja noite é uma pedra
tapando o sonho
a palidez do sol
perde o aborígene
para a TV

o homem que pintou
as paredes do céu
não pode ser cadáver
os anjos acendem nas velas
semibreves chamas de Adeus
e as serpentes urram
invadidas pela música

eu piso na brasa
com vontade
visto branco
porque o teu sexo
purifica na massagem
a minha síntese
pois as linhas da mão viram estrela
e o céu é outro