segunda-feira, 13 de setembro de 2010
AMOR de CÃO
Nas casas abandonadas faço estremecer tua alma
pela virulência do amor de cão que embrenho
no luar das tuas carnes
Quem segue na estrada
recolhe a sombra debaixo da árvore
que é sempre noite
Como uma pedra
eu faço parte da estrada,
a Rainha vem num cavalo
docemente selvagem
a nudez dá sentido à aurora
e o caminhão leva meus ossos até a guerra,
quando a Terra se alinhar ao Sol
apareço, enfim, gargalhando cópulas
ao longo da tua pele
que inspira rouxinolices
aos anjos que circulam
disfarçados de humildades
A capa branca do bruxo rasga
e o sexo uivando estrelas
mostra minha cara libertina
te caçando - fêmea estendida
pela seda, sonho das pétalas,
quando estarei livre do tempo
e da obrigação de atirar estrelas
ao céu passante? Molhado da tua égua
engendro liberdades, e a carne ilumina o sonho
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