Tantos dias rodando nas estradas
deixando p’ra trás cidades
que os nomes nem sei
tudo porque preciso encontrar você
A chuva forte encharca as roupas
a lembrança permanece quente
não existe motivo de voltar atrás
tenho que te encontrar não importa aonde
Tudo o que eu tenho de você é uma foto
e sigo revirando estradas e hospedarias,
perguntando aqui e ali
medindo teu rastro pela sombra e pelo sol
Preciso encontrar você não importa aonde
Só porque estamos distantes
não quer dizer que não te ame,
confidências on-line
sinto tua presença em mim
feito coração e carne,
você faz parte da minha vida
e tudo começou com uma mensagem
A poeira da estrada desaparece
levada pela chuva,
você se tornou parte de mim
feito coração e feito carne
e tudo começou com uma mensagem.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
BABILÔNIA
Pedras preciosas pegam fogo,
dos lagos vapores sobem anjos,
pedras preciosas melodiam chamas,
na estrada o mal é valente e sensual,
assassinos ganham as muralhas
e decifram o horizonte,
o tigre encarnado no homem
ao nascer da lua mostra o desdém.
Enganemos os guardas
é hora de entrar na Babilônia,
sigamos com os ciganos, meu bem,
como saberão dos anjos
em missão de extermínio?
Pela noite coalhada de luz
gotas de sangue escorrem da lua,
o chacal avisa que o covarde
não encontra abrigo nas sombras sibilantes.
O casal guarda a fertilidade da filha
na jaula, é preciso pagar
para ter linhagem, olha meu amor,
como se corrompem os fiéis da fartura e da vadiagem!
Não adianta sonhar como poeta
- a Babilônia cunha moedas,
não adianta o milagre,
mede-se fácil a alma do ordinário.
Venha comigo pela longa avenida das sombras,
ao redor das fogueiras os pecados borbulham
nas garrafas cheias de almas, o demônio
que o anjo numerou na face
trafica sonhos pervertidos com o pastor.
Venha, mulher cujo sexo é o canto de um pássaro
nascido dos sonhos de um casal de anjos enamorados,
venha, minha fada do cio, em algum lugar seremos felizes,
deixemos a Babilônia queimar no vício,
segue comigo, vestida apenas com o vermelho
da tua nudez mais fêmea que a Aurora,
montemos nos cavalos ferozes do coito sem piedade, a gente má
é do passado, todo o deleite é do amor o nosso refúgio abençoado.
dos lagos vapores sobem anjos,
pedras preciosas melodiam chamas,
na estrada o mal é valente e sensual,
assassinos ganham as muralhas
e decifram o horizonte,
o tigre encarnado no homem
ao nascer da lua mostra o desdém.
Enganemos os guardas
é hora de entrar na Babilônia,
sigamos com os ciganos, meu bem,
como saberão dos anjos
em missão de extermínio?
Pela noite coalhada de luz
gotas de sangue escorrem da lua,
o chacal avisa que o covarde
não encontra abrigo nas sombras sibilantes.
O casal guarda a fertilidade da filha
na jaula, é preciso pagar
para ter linhagem, olha meu amor,
como se corrompem os fiéis da fartura e da vadiagem!
Não adianta sonhar como poeta
- a Babilônia cunha moedas,
não adianta o milagre,
mede-se fácil a alma do ordinário.
Venha comigo pela longa avenida das sombras,
ao redor das fogueiras os pecados borbulham
nas garrafas cheias de almas, o demônio
que o anjo numerou na face
trafica sonhos pervertidos com o pastor.
Venha, mulher cujo sexo é o canto de um pássaro
nascido dos sonhos de um casal de anjos enamorados,
venha, minha fada do cio, em algum lugar seremos felizes,
deixemos a Babilônia queimar no vício,
segue comigo, vestida apenas com o vermelho
da tua nudez mais fêmea que a Aurora,
montemos nos cavalos ferozes do coito sem piedade, a gente má
é do passado, todo o deleite é do amor o nosso refúgio abençoado.
A NATUREZA É uma CANÇÃO
Ao despertar, a Aurora cobria a Nudez
com as chamas que me faziam enxergar
a realidade das lendas. Ouvi
a tecelagem cancioneira das aranhas, e eis
que o indulto da miséria me permite
tirar dos olhos a venda
e a magia é plena.
Eu testemunhei a Aurora pingando dos seios
o orvalho brilhante que inebria
a adolescência da lucidez,
a Natureza é uma canção entoada
por todos os seres, o silêncio apenas
o sono da sensibilidade,
as pedras rumbam a magia eterna.
Ver-te Aurora é entender
na Sensualidade a curva
que desloca o sol
sobre a única nobreza humana:
o elo selvagem com o infinito
- o caminho do Éden
é pelo corpo amante
com as chamas que me faziam enxergar
a realidade das lendas. Ouvi
a tecelagem cancioneira das aranhas, e eis
que o indulto da miséria me permite
tirar dos olhos a venda
e a magia é plena.
Eu testemunhei a Aurora pingando dos seios
o orvalho brilhante que inebria
a adolescência da lucidez,
a Natureza é uma canção entoada
por todos os seres, o silêncio apenas
o sono da sensibilidade,
as pedras rumbam a magia eterna.
Ver-te Aurora é entender
na Sensualidade a curva
que desloca o sol
sobre a única nobreza humana:
o elo selvagem com o infinito
- o caminho do Éden
é pelo corpo amante
SEXO & CIÊNCIA
As personalidades mais luminosas
da minha época dormem na calçada
entre a droga e o estelionato
Esta não é a terra receptiva
ao Anjo condenado a arrastar a sombra
colhendo as laranjas podres da estrada,
esta é uma terra de igrejas negras
- a monarquia réptil
cintila espadas lavradas dos ossos dos inocentes
Eu encontro a filha do negociante de cabeças
apaixonada pelo rei do tráfico
procurando entendimento e significado,
de ouvido colado no poço
esperando alguma notícia real/
aves descem-lhe docemente pelos suspiros
Por onde quer que eu vá
as pessoas trancam as portas
não querem presenciar
o cumprimento das promessas
O chacal crava a lança
no meio do horizonte, é hora
de encarar as possibilidades
As lágrimas de um anjo revoltado
com a escuridão das almas viciadas
materializam a mulher indecifrada
reinando no mundo baixo dos crimes
patrimoniais perpetuados nas escavações
religiosas cuja lógica é o encontro
do Universo com a modernidade
Rufam os tambores do Paraíso
os anjos de Atlântida
gritam nas celas
e a nova esotérica
é esquecida
porque sexo e ciência
dominam os sentidos
Eu não trago disponibilidades
a perfeição reside no esquecimento
da minha época dormem na calçada
entre a droga e o estelionato
Esta não é a terra receptiva
ao Anjo condenado a arrastar a sombra
colhendo as laranjas podres da estrada,
esta é uma terra de igrejas negras
- a monarquia réptil
cintila espadas lavradas dos ossos dos inocentes
Eu encontro a filha do negociante de cabeças
apaixonada pelo rei do tráfico
procurando entendimento e significado,
de ouvido colado no poço
esperando alguma notícia real/
aves descem-lhe docemente pelos suspiros
Por onde quer que eu vá
as pessoas trancam as portas
não querem presenciar
o cumprimento das promessas
O chacal crava a lança
no meio do horizonte, é hora
de encarar as possibilidades
As lágrimas de um anjo revoltado
com a escuridão das almas viciadas
materializam a mulher indecifrada
reinando no mundo baixo dos crimes
patrimoniais perpetuados nas escavações
religiosas cuja lógica é o encontro
do Universo com a modernidade
Rufam os tambores do Paraíso
os anjos de Atlântida
gritam nas celas
e a nova esotérica
é esquecida
porque sexo e ciência
dominam os sentidos
Eu não trago disponibilidades
a perfeição reside no esquecimento
CATACLISMOS, BABY, e DAÍ?
Eu vejo o zíper do céu abaixado,
por onde anjos enegrecidos pela fumaça
dos combates rolam, urrando
a música que não cabe nas harpas.
Eu vejo a justiça nua e sangrada no ventre
envolta nas serpentes da ironia
e os cataclismos aparecerem, enquanto
cada adão na fila errante descia expulso
às favelas minotáuricas dos esqueletos
pendurados nas árvores, nas mãos a fórmula
de uma raça errada escorre o sangue das desculpas
que divertem os tribunais
No túmulo do deus dos trovões e dos raios
o urubu aguarda a nuvem ocultar o sol,
então, o tropel místico da ignorância
estremecendo as estradas soluçantes
dos coiotes e das velhas vadias, apresenta
o marginal conspiratório dos heróis,
cujos delírios grafitados nos muros dos quartéis
inaugura o estágio final da covardia,
o que você queria? são assim mesmo os cataclismos, baby, e daí?
por onde anjos enegrecidos pela fumaça
dos combates rolam, urrando
a música que não cabe nas harpas.
Eu vejo a justiça nua e sangrada no ventre
envolta nas serpentes da ironia
e os cataclismos aparecerem, enquanto
cada adão na fila errante descia expulso
às favelas minotáuricas dos esqueletos
pendurados nas árvores, nas mãos a fórmula
de uma raça errada escorre o sangue das desculpas
que divertem os tribunais
No túmulo do deus dos trovões e dos raios
o urubu aguarda a nuvem ocultar o sol,
então, o tropel místico da ignorância
estremecendo as estradas soluçantes
dos coiotes e das velhas vadias, apresenta
o marginal conspiratório dos heróis,
cujos delírios grafitados nos muros dos quartéis
inaugura o estágio final da covardia,
o que você queria? são assim mesmo os cataclismos, baby, e daí?
UMA CANÇÃO AMERICANA
América não é só chapéu e espora de caubói,
América é muito mais do que jazz e rock'n'roll,
América é muito além de Hollywood e limousine,
América não é só bater falcão no peito
e torturar inocentes evangelizando o lucro.
América sempre foi aqui, entre desabamentos
de Ano Novo (na verdade o Ano de Sempre),
América sempre foi aqui, no gueto
e no esparramo da miséria pela metrópole,
América sempre foi aqui, um aqui de olhar p'ra dentro.
América sempre foi aqui, um aqui
de oração mal feita e de medo permanente,
América sempre foi aqui, a propina
e a mentira midiata tão americanas
quanto a coca-cola e o guaraná
Eu conheço a América pelos becos,
pelos velhos abandonados dos viadutos,
nas crianças vendendo o corpo enquanto cheiram
o dejeto da droga do burguês,
eu conheço a América no Juiz implacável com o fraco.
Quando for daqui a pouco
o tarde demais soprará as vozes proféticas
dos que sempre morrem em vão, porque na América
morre demais quem vive pelo irmão, quando for mais
que tarde, o sonho desmanchado na aquarela
escorre na sarjeta até o mar
América é muito mais do que jazz e rock'n'roll,
América é muito além de Hollywood e limousine,
América não é só bater falcão no peito
e torturar inocentes evangelizando o lucro.
América sempre foi aqui, entre desabamentos
de Ano Novo (na verdade o Ano de Sempre),
América sempre foi aqui, no gueto
e no esparramo da miséria pela metrópole,
América sempre foi aqui, um aqui de olhar p'ra dentro.
América sempre foi aqui, um aqui
de oração mal feita e de medo permanente,
América sempre foi aqui, a propina
e a mentira midiata tão americanas
quanto a coca-cola e o guaraná
Eu conheço a América pelos becos,
pelos velhos abandonados dos viadutos,
nas crianças vendendo o corpo enquanto cheiram
o dejeto da droga do burguês,
eu conheço a América no Juiz implacável com o fraco.
Quando for daqui a pouco
o tarde demais soprará as vozes proféticas
dos que sempre morrem em vão, porque na América
morre demais quem vive pelo irmão, quando for mais
que tarde, o sonho desmanchado na aquarela
escorre na sarjeta até o mar
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